Você já deve ter ouvido falar do Vinhos Verdes, um verdadeiro tesouro do norte de Portugal. Mas sabe, exatamente, o que é um Vinho Verde?
Nós, da DiVinho, preparamos um artigo completo sobre o assunto, confira:
Vinhos Verdes – O que são?
Vinhos Verdes é um termo que gera certa confusão. Mas, não, os Vinhos Verdes não são verdes.
Os Vinhos Verdes são rótulos produzidos dentro da Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) dos Vinhos Verdes, no norte de Portugal, podendo ser vinhos brancos, vinhos rosés, vinhos tintos e espumantes!
Também, são elaborados dentro da D.O.C. Vinhos Verdes aguardentes vínicas, como a famosa Bagaceira.
A leveza e o frescor são as características mais marcantes dos Vinhos Verdes, são vinhos jovens e muitos gastronômicos.
Quais são os Tipos de Vinhos Verdes?
Vinhos Verdes Brancos
Os Vinhos Verdes Brancos são muito aromáticos, revelando notas frutadas e florais.
Visualmente, apresentam coloração que varia do citrino até o amarelo-palha. Em boca, são refrescantes, apresentando ótima acidez.
Na hora de harmonizar, os Vinhos Verdes Brancos são ótimos como aperitivos, acompanhado bem aves, peixes e frutos do mar.
Vinhos Verdes Rosés
Os Vinhos Verdes Rosés caracterizam-se pelo seu ótimo frescor e boa persistência em boca.
Visualmente, apresentam uma belíssima coloração rosada, revelando, no nariz, aromas de frutas vermelhas.
Além de serem ótimos como aperitivos, os Vinhos Verdes Rosés também harmonizam bem com sobremesas à base de frutas.
Vinhos Verdes Tintos
Os Vinhos Verdes Tintos são encorpados, contando com ótimo frescor e acidez marcante.
Visualmente, apresentam coloração rubi brilhante, revelando, no nariz, aromas de frutas vermelhas maduras.
Na hora de harmonizar, os Vinhos Verdes Tintos são ótimos companheiros para pratos típicos da culinária do Minho, como Arroz de Lampreia e Bacalhau com Migas.
Vinhos Verdes Espumantes
Os Vinhos Verdes Espumantes são frescos, contando com grande acidez e perlage persistente.
Visualmente, apresentam coloração citrina, revelando, no nariz, aromas de pão torrado e de amêndoas.
Ótimos como aperitivos, os Vinhos Verdes Espumantes também acompanham bem canapés, tortas salgadas, peixes e frutos do mar, como mariscos.
D.O.C. Vinhos Verdes
A D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) dos Vinhos Verdes é uma das mais antigas de Portugal, com mais de cento e dez anos. Ocupando uma área de quase vinte e um mil hectares.
Além disso, também é uma das maiores regiões vitivinícolas de toda a Europa.
Localizada na província do Minho, entre os rios Douro e Minho, no norte de Portugal, a D.O.C. Vinhos Verdes conta com nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa.
O clima da região é mediterrâneo com influência do Oceano Atlântico, que contribui para temperaturas mais amenas.
Essa característica, combinada com os solos, sendo em sua maioria graníticos, favorece a produção de vinhos leves e frescos.
Segundo as estatísticas da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, existem, hoje, por volta de dezenove mil produtores dentro da D.O.C. Vinhos Verdes.
As Principais Uvas
Dentro da D.O.C. Vinhos Verdes as uvas brancas ocupam a maior área de cultivo.
As variedades mais populares são Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Avesso, Azal e Arinto, utilizadas na produção dos vinhos brancos e espumantes.
Já entre as uvas tintas, as mais populares são Espadeiro e Vinhão (Sousão), utilizadas na produção dos vinhos tintos e vinhos rosés.
História dos Vinhos Verdes
A viticultura na região dos Vinhos Verdes remonta à época do Império Romano. Plínio, o Velho, e o filósofo Sêneca mencionam em seus escritos os vinhos produzidos entre os rios Douro e Minho.
O registro mais antigo de uma vinícola na região é do ano 870 d.C, relacionada ao Convento de Alpendurada, localizado no município de Marco de Canaveses, na sub-região de Sousa, ao norte de Portugal.
Estima-se que desde o século XII os Vinhos Verdes já eram exportados para outros países da Europa, como Inglaterra e Alemanha.
Entretanto, o primeiro registro oficial da exportação para o Reino Unido é de 1788, pelo famoso mercador John Croft.
Em 18 de setembro de 1908 foi promulgada a lei que define a Região Demarcada dos Vinhos Verdes.
A regulamentação que define o cultivo das uvas e a produção dos vinhos na região remonta ao ano de 1926.
Em 1984 é reconhecida a Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) dos Vinhos Verdes, que é supervisionada pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
Hoje, a produção anual da D.O.C. Vinhos Verdes é de cerca de oitenta e cinco milhões de litros, sendo que, destes, 86% são vinhos brancos.
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