Uma boa refeição dificilmente fica completa sem uma sobremesa.

O que é o vinho de sobremesa? É a perfeita harmonização para consagrar um momento especial. 

Descubra neste artigo como escolher o mais adequado e quais as diferenças entre o vinho de sobremesa e os demais rótulos. 

Primeiro: não basta que esses rótulos sejam doces, existem características que diferenciam um vinho de sobremesa de qualidade de um vinho de mesa.

O Que São Vinhos de Sobremesa?

Os vinhos de sobremesa caracterizam-se por uma elevada doçura no paladar.

São rótulos mais concentrados, onde o açúcar proveniente da uva não é completamente transformado em álcool, apresentando um nível de acidez equilibrado e um teor alcoólico mais alto.

Geralmente os vinhos de sobremesa são rótulos mais caros, pois para produzir um vinho doce é necessária uma quantidade maior de uvas do que para produzir um vinho seco.

A variedade de vinhos de sobremesa é grande. Eles podem ser tintos, rosés, brancos e espumantes.

Há rótulos para todos os gostos, jovens ou envelhecidos, leves ou encorpados.

Diversas taças de vinho com uma em foco com vinho de sobremesa.
Vinhos de Sobremesa

Como são Produzidos os Vinhos de Sobremesa?

Os Vinhos de Sobremesa são divididos em cinco categorias principais de acordo com o processo de produção:

  • Fortificação
  • Passificação
  • Podridão Nobre
  • Colheita Tardia
  • Congelamento

Fortificação

No processo de fortificação as uvas são colhidas e vinificadas como em qualquer vinho seco.

A fermentação é então interrompida antecipadamente com a adição de uma aguardente conhecida   como álcool vínico.

O mosto atinge um determinado grau alcoólico, onde as leveduras são mortas antes do açúcar ser completamente consumido.

O resultado é um vinho naturalmente mais doce, também conhecido como licoroso.

O expoente mais conhecido nessa categoria com certeza é o Vinho do Porto (Portugal).

Destacando também o Moscatel (Portugal), o Xerez (Espanha), o Banyuls (França) e o Marsala (Itália).

Taça de vinho de sobremesa em um ambiente propício à produção. Ao fundo aparecem os barris de armazenagem do vinho.
Fortificação

Passificação

No processo de passificação as uvas são colhidas durante o período normal de maturação e então desidratadas em esteiras expostas ao sol e ventiladas.

É um processo similar ao usado na produção de uvas passas.

A passificação é uma técnica bastante utilizada na Europa, principalmente na Itália.

O Passito é um rótulo rico e concentrado que é produzido por esse processo.

Imagem com diversos cachos de uva em processo de passificação
Passificação

Podridão Nobre

O processo de podridão nobre é bastante curioso.

Na produção do vinho são usadas uvas atacadas por um fungo chamado Botrytis Cinerea, que se aloja na casca durante a maturação.

A casca, dessa maneira, é rompida, a água evapora, concentrando o açúcar na polpa.

O fungo também age nas leveduras durante o processo de fermentação, resultando em um vinho complexo, equilibrado em doçura e acidez.

Os rótulos produzidos com essa técnica também são conhecidos como vinhos botritizados.

O processo é utilizado principalmente na França, Hungria e Áustria, com destaque para os sofisticados e requintados Sauternes de Bordeaux.

Cacho de uvas ainda no pé, atacado pelo Botrytis Cinerea, fungo que ajuda no processo de podridão nobre.
Podridão Nobre

Colheita Tardia

No processo de colheita tardia, também conhecida como late harvest, as uvas são deixadas na videira e colhidas após o período normal de maturação.

As uvas, assim, perdem água e concentram mais açúcar, resultando em um mosto ácido e doce.

O processo de colheita das uvas é bastante minucioso, sendo que muitos cachos acabam não sendo aproveitados, o que torna os vinhos mais caros.

Vinhos de colheita tardia apresentam um nível alto de açúcar residual, sendo apreciados por sua doçura e frescor.

O processo é utilizado em todo planeta, especialmente em países do Novo Mundo.

Mãos do produtor abarcam cachos de uva colhidos de forma tardia.
Colheita Tardia

Congelamento

Em locais mais frios durante o inverno as videiras são atingidas pela neve e as uvas são congeladas ainda no pé da planta.

A água contida nos bagos é cristalizada e o mosto obtido é ricamente açucarado.

Esse fenômeno é comum em países como a Alemanha, Áustria, Canadá e Estados Unidos.

Os rótulos que resultam desse processo são conhecidos como Ice Wine e produzidos em quantidades muito limitadas.

Cacho de uvas ainda no pé e congelados.
Congelamento

Como Harmonizar os Vinhos de Sobremesa?

Harmonizar vinhos de sobremesa nem sempre é fácil, mas pode ser mais simples seguindo algumas dicas.

O vinho sempre deve sempre ser mais doce que a sobremesa servida.

Leve em conta tanto o elemento principal da sobremesa quanto do vinho e a consistência de ambos.

Doces mais leves, como tortas à base de frutas, combinam com rótulos leves.

Já em sobremesas com maior gordura, que levam leite e ovos, harmonizam bem com rótulos mais encorpados.

Imagem de cima de uma torta de frutas que pode ser harmonizada com vinho de sobremesa.
Torta de Frutas

Recomendações da DiVinho – Melhores Vinhos de Sobremesa


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