Você sabia que a Denominação de Origem Vale dos Vinhedos é a primeira do Brasil?
Mas afinal o que é uma Denominação de Origem e porque ela é tão importante para a classificação dos vinhos?
Continue lendo esse artigo que, nós, da DiVinho, preparamos para você e saiba mais sobre assunto:
O que é uma Denominação de Origem?
No sistema de classificação dos vinhos existem várias siglas que indicam a procedência geográfica, ou, em outros, termos, a origem de um rótulo, sendo as mais comuns: Indicação de Procedência (I.P.), Denominação de Origem (D.O.) e Denominação de Origem Controlada (D.O.C.).
Indicação de Procedência (I.P.) faz referência à localidade, região, cidade, estado ou país que produz o vinho.
Não está relacionada às características geológicas, fisiográficas ou humanas. O que é levado em consideração é a fama, ou reputação, do local como produtor de vinho.
Denominação de Origem (D.O.) remete à localidade, região, cidade, estado ou país que produz o vinho.
Está relacionada às características geológicas, fisiográficas ou humanas que são encontrada naquele meio.
Todo o processo de produção está sujeito a um controle rigoroso em todas as suas fases, desde o plantio da uva na vinha até o produto final que chega ao consumidor.
Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) além das características mencionadas na Denominação de Origem (D.O.), busca assegurar a qualidade dos vinhos da localidade.
Estabelece as castas de uvas recomendadas, os métodos de vinificação, o teor alcoólico mínimo, o rendimento por hectare e os períodos de envelhecimento em barris, tanques, tonéis e/ou garrafa.
Esse sistema de classificação é utilizado em países na Europa, como França, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha, Grécia, Hungria, Romênia, Áustria e Reino Unido, na África do Sul, Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos e Brasil.
Em cada país pode haver uma variação na pirâmide do sistema de classificação.
Por exemplo, na França existe a Appellation d’Origine Contrôlée (A.O.C) que equivale à Denominação de Origem Controlada (D.O.C.).
Na Itália, um nível acima da D.O.C. existe a Denominazione di Origine Controllata e Garantita, Denominação de Origem Controlada e Garantida, (D.O.C.G.).
Vale dos Vinhedos
O Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, é uma das regiões vitivinícolas mais importantes do Brasil.
Localizado a cerca de cento e vinte cinco quilômetros da capital Porto Alegre, abrange um triângulo formado pelo municípios de Bento Gonçalves, ao nordeste, Monte Belo do Sul, ao noroeste, e Garibaldi, ao sul.
Os primeiros imigrantes italianos chegaram à região do Vale dos Vinhedos em 1875, estabelecendo-se em Bento Gonçalves.
Consigo, trouxeram seu conhecimento no cultivo de uvas e na produção de vinhos.
O clima, manhãs quentes com boa exposição solar, tardes e noites frescas, combinado a altitude média de 742 metros acima do nível do mar, oferece as características fundamentais para o bom desenvolvimento das videiras.
As uvas brancas Riesling Itálico e Chardonnay adaptaram-se muito bem a região do Vale dos Vinhedos, dando origem a ótimos vinhos brancos e excelentes espumantes.
Assim como, as variedades tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat.
Os espumantes são a grande estrela do Vale dos Vinhedos.
São vinhos reconhecidos pela distinção, sendo mais elegantes e frescos do que a maioria dos exemplares elaborados na América do Sul.
Hoje, o Vale dos Vinhedos é reconhecido pela qualidade de seus vinhos é e líder na produção nacional, com cerca 85% da produção concentrada na Serra Gaúcha.
Um dos melhores e mais prestigiados produtores do Vale dos Vinhedos é a Vallontano Vinhos Nobres do enólogo Luís Henrique Zanini.
Seus espumantes figuram entre os melhores do Brasil e do Mundo!
Denominação de Origem Vale dos Vinhedos
A D.O. Vale dos Vinhedos foi a primeira Denominação de Origem regulamentada do Brasil.
O processo iniciou-se em 2002, quando a região obteve do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) o registro de Indicação de Procedência (I.P.).
Dez anos depois, em 2012, a Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos) teve o pedido de Denominação de Origem (D.O.) reconhecido.
Para chegar ao reconhecimento da Denominação de Origem (D.O.) foi necessário um longo e árduo trabalho pelos produtores do Vale dos Vinhedos.
Que envolveu a caracterização agronômica e enológica, a integração de dados de solo, clima e resposta vitivinícola às condições naturais, para a seleção de condições de excelência de produção, em conjunto com a elaboração do regulamento de uso e das normativas de controle.
A D.O. Vale dos Vinhedos abrange uma área de 72,45 quilômetros quadrados localizada nos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, no Rio Grande do Sul, onde devem, exclusivamente, ocorrer o cultivo das uvas e a elaboração dos vinhos.
São regulamentados vinhos finos tranquilos brancos e tintos, além de vinhos espumantes finos
Nos vinhos brancos da D.O. Vale dos Vinhedos a uva Chardonnay é de uso obrigatório, podendo ter corte com a uva Riesling Itálico.
Já nos vinhos tintos o uso da uva Merlot é obrigatório, podendo ter cortes com as Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat.
Nos espumantes as uvas Chardonnay e/ou Pinot Noir são de uso obrigatório, devendo ser elaborados exclusivamente pelo Método Tradicional, também conhecido pelo Método Champenoise ou Método Clássico, onde a segunda fermentação ocorre na garrafa.
Os espumantes podem ser encontrados nos tipos Nature, Extra-brut ou Brut.
A Denominação de Origem (D.O.) Vale dos Vinhedos regulamenta que os vinhos brancos passem por um período mínimo de envelhecimento de seis meses, no caso dos vinhos tintos o período de envelhecimento é de doze meses.
Já os espumantes devem passar um período mínimo de nove meses em contato com as leveduras, na fase de tomada de espuma.
Os rótulos que passam por madeira devem envelhecem exclusivamente em barris de carvalho.
Você encontra os melhores vinhos da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos na DiVinho. E você, já provou os rótulos da região?